23 de Setembro, 2025 21:42

O Futuro, pelas margens do Ave e sem curvas 

João Amorim Costa

João Amorim Costa

Diretor do JVC

Sou um apaixonado pelas margens dos rios, pelas marginais do mar e por todo e qualquer caminho em que a beleza da terra se mistura com os destinos da água. Gosto muito, gosto dessa liberdade que a terra permite ao curso natural da água e dos destinos que se cruzam sempre com um rumo. O nosso mar e o nosso “Ave” não são exceção, muito pelo contrário.  

Posso confessar até mesmo que do ponto de vista profissional, já fiz desse tema tese de doutoramento, que não cheguei a terminar. Sim, eu sou diretor deste jornal há cinco anos, mas fui professor universitário quase vinte anos e sou arquiteto. Sou também um apaixonado pelas margens do rio Ave e de todo o património natural e arquitetónico que estes cerca de 80 km de percurso acidentado preservou e permitiu existir.  

Costumo dizer que o que eu gosto mesmo de fazer é construir e, apesar de não fazer das minhas funções neste jornal profissão, senti e sinto hoje ainda que por cá também tenho esse sentido positivo de acrescentar algo. Coisa que nos dias que correm parece estar um pouco em desuso, muito pelo contrário. Há até um exagerado oportunismo em algumas “curvas” que parecem querer confundir-se ou mesmo confundir um percurso que tem um rumo e que ao contrário de alguns — poucos é certo —, não volta para trás.  

Mas não percamos tempo com a “água que já passou” e deixemo-nos levar nesta maré deste jornal com as notícias dos dias de hoje que nos trazem muito amanhã.  

A ciência e a inovação deram um passo significativo na nossa região com a inauguração da nova sede da BIOPOLIS em Vairão. Este centro de investigação, dedicado ao estudo da biodiversidade e sustentabilidade, representa um marco importante para o desenvolvimento científico e ambiental do país. 

A BIOPOLIS tem desempenhado um papel fundamental na pesquisa aplicada à conservação da natureza, colaborando com instituições nacionais e internacionais. A nova sede oferece infraestruturas modernas, capazes de impulsionar estudos avançados e promover sinergias entre cientistas, empresas e a comunidade. 

A escolha de Vairão para acolher esta nova infraestrutura reforça o potencial da região como um polo de conhecimento e inovação. Além do impacto científico, espera-se que este projeto traga benefícios económicos e sociais, estimulando a criação de emprego e atraindo investimento. 

Este jornal esteve presente no seu início e continuará a acompanhar o desenvolvimento deste projeto fantástico, dando voz aos seus protagonistas e promovendo um debate informado sobre ciência e sustentabilidade. 

A inauguração da BIOPOLIS é apenas o começo de uma nova era para a nossa região. Este é um rumo imparável que Vítor Costa e o seu Executivo fizeram nascer há pouco mais de 3 anos e que os Vilacondenses souberam reconhecer e que não irão querer parar.  

Por mais curvas e contra-curvas que este “Ave” tenha, por mais pedras e acidentes que possam acontecer, este rio, o tempo, não voltam para trás e o final estará sempre lá, onde o rio encontra o mar, onde os nossos desejos se cumprem e onde o lugar se chama Vila do Conde.  

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