A 47.ª edição da Feira Nacional de Artesanato (FNA) vai reunir cerca de duas centenas de artesãos de todo o país. A iniciativa volta a afirmar-se como a mais representativa mostra nacional das artes tradicionais portuguesas.
Ao longo de 16 dias, o certame celebra a autenticidade do artesanato nacional, promovendo o encontro entre o saber ancestral dos mestres artesãos e a inovação trazida pelas novas gerações. Cerâmica, cestaria, madeira, rendas, bordados e muitas outras artes tradicionais estarão em destaque num espaço ao ar livre, com entrada gratuita e mais de 11 mil metros quadrados dedicados ao património cultural e criativo português.
Este ano, a FNA associa-se ainda a uma causa de relevo social, ao acolher a exposição “Anjos e Demónios – Combater o Estigma na Doença Mental”, promovida em parceria com o Hospital Magalhães Lemos (ULS de Santo António, EPE, Porto). A mostra reúne trabalhos artísticos – maioritariamente cerâmica e pintura – realizados por utentes do Serviço de Reabilitação Psicossocial, que encontrarão na Feira um palco para a expressão criativa e para a sensibilização social.
Para além da exposição, serão dinamizadas oficinas criativas abertas ao público, conduzidas pelos próprios utentes, nos dias 27 de julho, 2 e 9 de agosto, das 16h00 às 18h00, e no dia 2 de agosto, pelas 18h00, será apresentada a performance teatral “As minhas noites são maiores que os vossos dias”, pelo grupo Psiquê do Hospital Magalhães Lemos.
Entre os momentos altos da programação, volta a realizar-se o Dia da Rendilheira, no segundo domingo da Feira, com mais de uma centena de rendilheiras a demonstrar ao vivo a arte das rendas de bilros, símbolo maior do artesanato vilacondense. Já o Concurso Jovem Artesão, promovido pelo Crédito Agrícola, regressa na sua 3.ª edição, distinguindo trabalhos inovadores nas áreas do artesanato tradicional, com a participação de jovens até aos 30 anos.
A animação musical e cultural é outra constante do certame, com atuações de grupos de música, dança e cantares tradicionais. As Jornadas Gastronómicas merecem também destaque, oferecendo uma verdadeira viagem pelos sabores do país, sem sair do recinto da Feira.
A Feira Nacional de Artesanato continua a ser um espaço de encontro, partilha e valorização das artes tradicionais portuguesas, afirmando Vila do Conde como uma referência nacional na preservação e promoção do seu património imaterial.