Os canoístas portugueses Fernando Pimenta e José Ramalho conquistaram, no dia 07 de setembro, o seu quarto título mundial consecutivo em K2 maratonas, na Hungria, prometendo tentar em 2026 um “penta” inédito em barcos de equipa nesta especialidade.
“Depois de 2022, quando nos sentámos pela primeira vez numa prova internacional e conseguimos o título mundial, em Ponte de Lima, achámos que tínhamos potencial para, pelo menos, tentarmos chegar perto ao recorde de títulos num barco de equipa, que eram quatro. Agora que conseguimos, vamos tentar bater essa marca em 2026”, prometeu Fernando Pimenta.
Em declarações à Lusa, o duplo medalhado olímpico, com o bronze em K1 1.000 em Tóquio’2020 e prata em K2 1.000 em Londres’2012, recordou novo êxito com o seu companheiro de maratonas, com quem completou os 29,2 quilómetros do traçado de Gyor em 01:54.00,62 horas, superando os dinamarqueses Mads Pedersen e Philip Knudsen, por 1,27 segundos, e os húngaros Adrian Boros e Tamas Erdelyi, por 3,23.
“Foi uma prova muito bem gerida da nossa parte, pois conseguimos partir o grupo e ficámos três embarcações, garantindo logo uma medalha, se não cometêssemos erros. Depois foi guardar energia para a parte final. O Ramalho sabe o cavalo que tem atrás, porque venho da velocidade e tenho um bocadinho mais de explosão e potência”, elucidou.
Pimenta, de 36 anos, faz equipa com Ramalho, de 43, uma dupla que tem vencido com recurso ao seu valor e entendimento dentro da embarcação.
“Conhecemo-nos muito bem. Esta tripulação funciona a 100% e isso faz a diferença, sobretudo em percursos muito difíceis como o de hoje. Uma prova traiçoeira, fora do normal, com muitos sítios complicados. São já muitas as competições que fizemos em K2 e sabemos exatamente o que é que cada um está a pensar e o que é que temos que fazer”, destacou José Ramalho.