23 de Setembro, 2025 23:25

Tradição, Fé e Comunidade em Festa 

João Amorim Costa

João Amorim Costa

Diretor do JVC

A Páscoa, é bem mais do que um feriado religioso, é um momento de renovação, de reencontro e de celebração da vida. Costumo mesmo dizer por aqui que é mesmo tempo de renascimento, e sem ser demasiado dramático, basta ver as pequenas flores que florescem por todo os nossos relvados. Este ano em Vila do Conde, esta época ganhou um brilho especial com o sucesso retumbante da Feira da Páscoa, que voltou a reunir milhares de pessoas numa demonstração vibrante de fé, tradição e espírito comunitário. Diria mesmo que todos ficamos impressionados com tamanha multidão e tamanha alegria que se juntou nos jardins da nossa Júlio Graça… 

Num tempo em que o individualismo parece ganhar terreno, é reconfortante assistir a eventos que nos devolvem o sentido de comunidade e de pertença. A Feira transformou o centro da cidade num palco de cores, aromas e sons, onde famílias, amigos e visitantes se cruzaram entre bancas de produtos regionais, artesanato, iguarias típicas e animação para todas as idades. Mais do que um espaço de comércio, foi um espaço de convivência e alegria. 

No entanto, nem mesmo este momento de coesão e sucesso coletivo escapou às tentativas de aproveitamento político. O movimento de oposição NAU, numa postura que merece reprovação, lançou falsas acusações contra o Presidente da Câmara, procurando manchar mais uma vez, sem sucesso, a imagem de um mandato que tem sido um triunfo para o concelho. Estas insinuações infundadas motivaram, com razão, a instauração de um processo-crime por difamação, reafirmando que a liberdade de expressão não pode ser confundida com impunidade para a calúnia. 

A democracia constrói-se com debate, com confronto de ideias e com fiscalização ativa – mas também com responsabilidade e verdade. Quando os limites da crítica legítima são ultrapassados para dar lugar à difamação, a sociedade perde, e perde também a política, que deve pautar-se por ética e respeito institucional. 

A forte adesão do público prova que as nossas tradições não estão em risco de desaparecer – pelo contrário, ganham nova vida quando são tratadas com critério, carinho e organização. O sucesso da Feira deve-se, em grande parte, à visão e ao esforço conjunto da autarquia, dos comerciantes locais e das associações culturais, que souberam reinventar esta celebração, sem perder de vista as suas raízes. A organização exemplar do evento, fruto do trabalho coordenado da autarquia liderada por Vítor Costa, com os agentes locais, foi amplamente reconhecida por munícipes e visitantes, num sinal claro de que Vila do Conde sabe celebrar o que tem de melhor.  

Num cenário económico ainda marcado por desafios, eventos como este são também um fôlego importante para a economia local, dinamizando o comércio e o turismo. Mas, acima de tudo, são uma afirmação do que Vila do Conde tem de melhor: a capacidade de juntar as pessoas em torno daquilo que realmente importa. 

Que esta Páscoa – com o seu simbolismo de renascimento – sirva de inspiração para continuarmos a apostar naquilo que nos une. E que a Feira da Páscoa de Vila do Conde continue, ano após ano, a crescer como espaço de partilha, de cultura e de alegria. E que nos sirva de lembrete do que somos capazes de alcançar quando colocamos o bem comum acima dos interesses pessoais ou partidários. E que o exemplo da Feira da Páscoa continue a ser celebrado como símbolo de uma cidade viva, resiliente e unida – mesmo perante o ruído das tentativas de divisão. 

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