3 de Outubro, 2025 02:03

Concurso Público lançado para reabilitação da Zona Ribeirinha com investimento de cerca de 1,2 milhões de euros

Intervenção na Praça da República visa resolver problemas de erosão, instabilidade e acessibilidade.

Está aberto o concurso público para a empreitada de Reforço do Muro sul e pavimentos adjacentes na Praça da República, em Vila do Conde. A obra, que representa um investimento estimado de cerca de 1,2 milhões de euros, tem como objetivo resolver problemas de instabilidade e degradação provocados pela erosão do Rio Ave e por falhas no sistema de drenagem pluvial.

O projeto abrange a reconstrução do muro de suporte junto ao rio, entre a ponte rodoviária e o Cais das Lavandeiras, zona onde se registam deslocamentos de blocos de pedra e afundamentos nos pavimentos adjacentes. As anomalias, agravadas pela força da maré e a escorrência das águas pluviais, levantam preocupações de segurança e exigem uma intervenção urgente.

Entre os trabalhos previstos estão o reforço estrutural das fundações, a construção de um novo muro com reposição da estereotomia original, a renovação dos pavimentos junto ao jardim da Praça da República, e a reabilitação da rede de drenagem de águas pluviais. O projeto inclui ainda uma reorganização dos espaços exteriores, com melhorias na acessibilidade e fruição pública.

Apesar de a zona pertencer à tutela da Docapesca, a Câmara Municipal de Vila do Conde assumiu a responsabilidade pelo projeto, que foi desenvolvido com o apoio técnico da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, através do Instituto para a Construção Sustentável. Os estudos técnicos realizados incluíram análises geotécnicas e levantamentos topográficos em diferentes fases da maré, dada a complexidade hidráulica do local.

“O estado do muro e do pavimento representa um risco real para a segurança de quem circula naquela área e interfere com o usufruto pleno de um dos espaços mais simbólicos da nossa cidade”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal, Vítor Costa. “É uma intervenção estruturante, não só do ponto de vista da segurança, mas também para a valorização do património urbano e da relação da cidade com o rio.”

A empreitada tem um prazo de execução de 270 dias a contar do início dos trabalhos. O município sublinha que esta requalificação visa garantir a estabilidade da margem ribeirinha e criar melhores condições de uso e conforto para residentes e visitantes.

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